sábado, 18 de janeiro de 2014

Vida de trabalhador

Confesso que depois de terminar a tese me senti aliviada. Depois de a defender senti que tinha concluído aquilo pelo qual tinha usado durante 5 anos. E estava muito feliz. Mas depois veio a tristeza, a sensação de vazio, o fim de uma fase que foi única, maravilhosa e que eu vivi ao máximo e que adorei. E agora vinha o mais difícil. Enviar currículos, muitos, dezenas, até mesmo centenas, obter algumas (poucas) respostas, todas elas negativas, até receber um telefonema que não me oferecia um trabalho, mas apenas algumas horas. Aceitei logo. Estava tão farta de estar em casa, de não fazer nada, de receber respostas negativas. E foi bom. Já lá estou há alguns meses, já conheço os miúdos, as professoras, as auxiliares e os pais. Gosto deles, gostam de mim e eu gosto daquele sítio. Gostava de lá ficar, mas não tenho muitas esperanças. Continuo a enviar currículos e a esperar por algo melhor, que me preencha a alma e o coração. Se bem que já está meio preenchido. E difícil esta vida, mas sabe tão bem chegar lá e receber dezenas de abraços, beijos e gritos entusiastas por me ver dia após dia. E eu  sei que melhores dias virão.

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